A obesidade no Brasil
Em busca de equilíbrio para sua saúde.
Quais são os dados relativos à obesidade no Brasil?
Mais da metade da população brasileira (55%) está acima do peso, indica a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico 2018 (Vigitel).
O levantamento aponta também que houve aumento de 67,8% nas taxas de obesidade no Brasil entre 2006 e 2018, saindo de 11,8% para 19,8%. É o maior índice de obesidade nos últimos 13 anos, segundo o Ministério da Saúde. Por outro lado, a pesquisa mostrou que cresceu a adesão a hábitos alimentares saudáveis: houve aumento de 15,5% no consumo de frutas e hortaliças.
Como é o tratamento contra a obesidade do brasileiro?
E é importante dizer que, tendo em vista que o excesso de peso é uma doença e nem todos conseguem emagrecer com mudanças na rotina, o uso de remédios para perder peso acaba sendo uma alternativa válida para combater esse mal. No entanto, somente um endocrinologista poderá avaliar e indicar a substância mais adequada ao paciente.
Esses medicamentos são eficazes?
Podemos dizer que, mesmo os melhores medicamentos podem não ser 100% eficazes nem funcionar para todos, mas são sem dúvida uma opção de tratamento viável.
A indicação da melhor medicação para ser utilizada quando necessária vai depender do perfil e da dificuldade de aderir à dieta adequada de cada paciente.
Existe receio na população quanto à segurança dos remédios contra obesidade?
Sim, porque alguns medicamentos foram associados a efeitos colaterais importantes e retirados do mercado na década de 90 e nos anos 2000. Isso fez com que as pessoas começassem a encarar qualquer remédio para a perda de peso como algo capaz de lhes fazer mal. Mas é preciso que os médicos esclareçam sempre que, hoje, as medicações mais modernas para doenças crônicas, incluindo a obesidade, precisam passar por estudos de segurança cardiovascular provando que não fazem mal.
Dra. Ana Paula Arruda Camargo Costa
Dra. Ana Paula graduou-se em Medicina pela Universidade de São Paulo em Junho de 1993. Fez o período de residência médica em Clínica Geral no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo nos anos de 94 a 95. Dedicou-se também a um período residência médica especializando-se em Endocrinologia e Metabologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo de 95 a 97.
É Pós-Graduada na Disciplina de Endocrinologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo onde também obteve seu título de Doutorado em 2003.