Gravidez e tireoide

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O que é tireoidite pós-parto?

Tireoidite pós-parto é uma inflamação da glândula tireoide que ocorre após a mulher dar à luz. É uma inflamação que afeta 9,5 de cada cem mulheres. Há normalmente duas fases da doença: hipertiroidismo (quando a tireoide é hiperativa, ou seja, produz hormônios em excesso), ocorrendo de um a três meses após o nascimento do bebê; e hipotiroidismo (baixa produção de hormônios), mais comum dos seis meses em diante.

Os sintomas da tireoidite pós-parto podem incluir:

  • Perda repentina de peso
  • Batimento cardíaco acelerado
  • Cansaço
  • Suor e nervosismo
  • Alta sensibilidade ao calor

 Como a inflamação pode danificar a tireoide, tornando-a menos capaz de produzir hormônios, é possível que leve à segunda fase, a do hipotiroidismo, que pode durar até um ano. Nesse caso, baixo nível de hormônio no sangue, acaba resultando no retardo do processo metabólico, causando, em muitas mulheres, aparecimento de um bócio – inchaço na parte frontal do pescoço causado pelo aumento da glândula tireoide.

Outros sintomas de hipotireoidismo podem incluir:

  • Ganho de peso inexplicável ou incapacidade de perder peso
  • Cansaço
  • Depressão
  • Pele seca e unhas quebradiças
  • Perda de cabelo
  • Sensibilidade ao frio

Quais são os riscos de tireoidite pós-parto?

A mulher está em maior risco de desenvolver tireoidite pós-parto se carregar algum distúrbio do sistema imunológico, tais como diabetes tipo 1; uma história pessoal ou familiar de doença da tireoide; ou que já tenha tido a tireoidite pós-parto anteriormente.

Para algumas mulheres que desenvolvem hipertireoidismo depois do parto, os níveis de produção hormonal voltam ao normal dentro de alguns meses, sem ocorrência da segunda fase (hipotireoidismo). Mas isso é exceção. A maioria das mulheres de fato experimentam a segunda fase e cerca de uma em cada cinco desenvolve hipotireoidismo permanente, o que obriga a manter tratamento ao longo da vida. Caso contrário, o hipotireoidismo pode causar problemas graves, como uma doença cardíaca.

Como é diagnosticada a tireoidite pós-parto?

O diagnóstico depende da fase da doença e é baseado em seus sintomas e resultados de testes de laboratório. Estes testes ajudam a determinar se a mulher está na fase de hiper ou hipotireoidismo, detectando:

  • Nível de T4 livre no sangue.
  • Nível hormonal estimulante da tireoide (TSH) na corrente sanguínea. O TSH, sigla para hormônio estimulante da tireoide, é um hormônio produzido na hipófise, cuja função é induzir a tireoide a produzir dois hormônios: triidotironina (T3) e tiroxina (T4). O T3 e o T4 ajudam a controlar o metabolismo do corpo.
  • Níveis de anticorpos antitireoide. Pode haver fabricação de anticorpos contra as células da tireoide, provocando a destruição da glândula ou a redução da sua atividade, o que pode levar ao hipotireoidismo por carência na produção dos hormônios T3 e T4.

 

Como é tratada a tireoidite?

 Na primeira fase (hipertireoidismo), geralmente não é necessário tratamento, porque os sintomas são leves e breve. Mas, no caso de os sintomas serem extremos, o médico pode receitar um medicamento betabloqueador que irá abrandar o ritmo cardíaco e diminuir a sensação de nervosismo.

Na segunda fase (hipotiroidismo), a mulher irá passar por uma terapia, em que o medicamento mais usado é o Levotiroxina. Trata-se de uma forma sintética de T4 (isto é, produzido em laboratório) que é a é similar à T4 naturalmente produzida pela glândula tireoide. Após 6 a 12 meses, a medicação é interrompida para que se possa verificar se a produção hormonal na tireoide voltou a funcionar por conta própria.

Na maioria dos casos, a tireoide volta ao normal, mas algumas mulheres desenvolvem hipotireoidismo de longo prazo e precisam de terapia de reposição hormonal ao longo da vida.

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